21/05/2012

E o que é que eu tenho com isto?

O Blog da Reciclagem resgata artigo de Maria de Fátima S. Gottschalg, assistente social, educadora ambiental e coordenadora da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) do CRESS-MG.

Maria de Fátima é também presidente da Associação de Moradores do Bairro Buritis, que desenvolve uma campanha contínua em prol da Coleta Seletiva, conforme se observa na cartilha ao lado (clique para ampliar). No texto abaixo, ela traz uma mensagem sobre a importância das nossas ações cotidianas a favor do meio-ambiente.

E O QUE É QUE EU TENHO COM ISTO?

A culpa é dos terráqueos. Ou seja, o aquecimento de deve à ação humana. Nós somos os grandes culpados.

Diante das previsões desalentadoras, a única boa notícia é que a nossa compreensão sobre o sistema climático e do impacto humano sobre o meio ambiente melhorou. As pesquisas a respeito e a sua divulgação pelos meios de comunicação ultrapassam a comunidade científica e chega traduzida em dados compreensíveis a nós pobres mortais. Os fatos que presenciamos também ajudam neste entendimento. Não há como negar, as transformações estão à nossa volta.

Com isso, a consciência ambiental da maioria das pessoas também está aumentando. A compreensão dos efeitos nocivos do homem contra o meio ambiente, contra a sua própria fonte de vida e local de perpetuação da sua espécie.

Diante das pesquisas e dos fatos, é preciso urgentemente ultrapassar o estágio da consciência e partir para as ações. Ou seja: a prática ambiental. Tomar iniciativa, ter atitude, fazer o que está ao nosso alcance. Mesmo que julguemos ser pouco, diante de tanto estrago já feito. Mas, é aquela velha máxima: juntos nós podemos mais.

Uma forma simples e fácil é refletirmos e mudarmos nossos hábitos e costumes, cotidianamente. Dentro e fora de casa. Dar exemplo às crianças, para que elas não cresçam degradando o meio ambiente, como muitos de nós sempre fazemos deliberadamente.

Como? Cuidando e defendendo as poucas áreas verdes que ainda dispomos no nosso bairro, na nossa cidade. Começando efetivamente a eliminar desperdícios de energia e de água em casa, no escritório, na escola. Eliminando o consumo excessivo de tudo o que não é realmente necessário. Estarmos mais atentos à geração e ao descarte do lixo nosso de cada dia.

Pensarmos no tanto de lixo que produzimos e onde ele vai ser disposto. Reaproveitar ao máximo o que pudermos e o que tivermos de jogar fora. Preocuparmos para onde o lixo será levado, onde será disposto e como vai impactar o meio ambiente, causar poluição e requerer cada dia mais espaço para ser aterrado. Espaço que nunca mais poderá ser ocupado com edificações. Espaço tão raro e tão caro nas grandes cidades!

Um importante passo é separar o que é reciclável do lixo comum. Colaborar com a reciclagem participando da coleta seletiva. Seja em nossas casas, em nosso local de trabalho ou na escola.

O material reciclável deixa de ir para o lixo, de ser aterrado, de contaminar o meio-ambiente e torna-se um bem precioso para milhares de pessoas carentes que retiram do lixo a renda para sustentar suas famílias: os catadores, presentes por toda a cidade.

Este é um exemplo de atitude que qualquer um pode e deve adotar. Separar do lixo o que não é lixo. O que pode ser reciclado e, ainda mais, gerar trabalho e renda para milhares de catadores.

É um ato de responsabilidade socioambiental.

É como diz na canção: “se não podemos mudar o começo, se a gente quiser, podemos mudar o final”!

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