Maria de Fátima é também presidente da Associação de Moradores do Bairro Buritis, que desenvolve uma campanha contínua em prol da Coleta Seletiva, conforme se observa na cartilha ao lado (
clique para ampliar). No texto abaixo, ela traz uma mensagem sobre a importância das nossas ações cotidianas a favor do meio-ambiente.
E O QUE É QUE EU TENHO COM ISTO?
A culpa é dos terráqueos. Ou seja, o aquecimento de deve à ação
humana. Nós somos os grandes culpados.
Diante das previsões desalentadoras, a única boa notícia é
que a nossa compreensão sobre o sistema climático e do impacto humano sobre o
meio ambiente melhorou. As pesquisas a respeito e a sua divulgação pelos meios
de comunicação ultrapassam a comunidade científica e chega traduzida em dados compreensíveis
a nós pobres mortais. Os fatos que presenciamos também ajudam neste entendimento.
Não há como negar, as transformações estão à nossa volta.
Com isso, a consciência ambiental da maioria das pessoas também
está aumentando. A compreensão dos efeitos nocivos do homem contra o meio
ambiente, contra a sua própria fonte de vida e local de perpetuação da sua
espécie.
Diante das pesquisas e dos fatos, é preciso urgentemente
ultrapassar o estágio da consciência e partir para as ações. Ou seja: a prática
ambiental. Tomar iniciativa, ter atitude, fazer o que está ao nosso alcance.
Mesmo que julguemos ser pouco, diante de tanto estrago já feito. Mas, é aquela
velha máxima: juntos nós podemos mais.
Uma forma simples e fácil é refletirmos e mudarmos nossos
hábitos e costumes, cotidianamente. Dentro e fora de casa. Dar exemplo às
crianças, para que elas não cresçam degradando o meio ambiente, como muitos de
nós sempre fazemos deliberadamente.
Como? Cuidando e defendendo as poucas áreas verdes que ainda
dispomos no nosso bairro, na nossa cidade. Começando efetivamente a eliminar
desperdícios de energia e de água em casa, no escritório, na escola. Eliminando
o consumo excessivo de tudo o que não é realmente necessário. Estarmos mais
atentos à geração e ao descarte do lixo nosso de cada dia.
Pensarmos no tanto de lixo que produzimos e onde ele vai ser
disposto. Reaproveitar ao máximo o que pudermos e o que tivermos de jogar fora.
Preocuparmos para onde o lixo será levado, onde será disposto e como vai
impactar o meio ambiente, causar poluição e requerer cada dia mais espaço para
ser aterrado. Espaço que nunca mais poderá ser ocupado com edificações. Espaço
tão raro e tão caro nas grandes cidades!
Um importante passo é separar o que é reciclável do lixo
comum. Colaborar com a reciclagem participando da coleta seletiva. Seja em
nossas casas, em nosso local de trabalho ou na escola.
O material reciclável deixa de ir para o lixo, de ser
aterrado, de contaminar o meio-ambiente e torna-se um bem precioso para
milhares de pessoas carentes que retiram do lixo a renda para sustentar suas
famílias: os catadores, presentes por toda a cidade.
Este é um exemplo de atitude que qualquer um pode e deve
adotar. Separar do lixo o que não é lixo. O que pode ser reciclado e, ainda
mais, gerar trabalho e renda para milhares de catadores.
É um ato de responsabilidade socioambiental.
É como diz na canção: “se não podemos mudar o começo, se a
gente quiser, podemos mudar o final”!